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quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Médicos cubanos causam problema em Portugal

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Médicos cubanos causam problema em Portugal

Em Portugal, médicos cubanos são um problema. Ninguém quer que eles se vão 

Se o caro amigo internauta fizer uma pesquisa rápida no Google verá que o que pode acontecer aqui no Brasil , no futuro, com os médicos cubanos que o Governo Federal está trazendo para atuar em municípios onde não há profissionais brasileiros dispostos a atuar.

Os problemas não são de incapacidade profissional ou de dificuldade de comunicação.

São que os contratos firmados pelo governo português estão acabando e alguns deles terão de ir embora, para desespero das populações e dos prefeitos do Alentejo, do Algarve e do Ribatejo, regiões pobres que estão ameaçadas de ficarem, outra vez, sem médicos.

O portal SulInformação noticia:

Os cinco médicos cubanos que prestavam serviço de consultas no concelho de Odemira terminaram os seus contratos e regressaram ao seu país, deixando mais de 14 mil utentes sem médico de família.
Esta situação, segundo denuncia, em comunicado, a Câmara Municipal de Odemira, «está a provocar a rotura dos serviços médicos em Odemira, S. Teotónio, Sabóia e Vila Nova de Milfontes e o descontentamento da população e da autarquia, que têm vindo a expressar o seu descontentamento junto dos responsáveis locais, regionais e governamentais sem qualquer sucesso».
A autarquia sublinha, no comunicado a que oSul Informação teve acesso, que no litoral Alentejano prestavam serviço 16 médicos cubanos, cinco dos quais no concelho de Odemira e não foram substituídos, isto apesar de há alguns meses os autarcas terem sido alertados pela direção do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Litoral Alentejano para a necessidade de garantir a substituição dos médicos cubanos que terminavam contrato no final do ano de 2011.

As prefeituras são as maiores defensoras do trabalho dos profissionais cubanos, pelostrabalhos pró-ativos de saúde pública que realizam.

Até o presidente da Ordem dos Médicos de Portugal, apesar da cantilena de que os médicos estrangeiros são “superiores” em qualidade profissional, reconhece:

“Naturalmente os cidadãos que receberam os médicos estrangeiros ficaram satisfeitos. Porque até aí não tinham médico e passaram a ter. Não com as competências adequadas e desejáveis, mas passaram a ter um médico”

Pois é, né, doutor…

Agora, para quem quiser se aprofundar mais no “choque cultural” representado pelos médicos estrangeiros em Portugal, recomendo a leitura de um trabalho de duas sociólogas e uma psicóloga na Revista Iberoamericana de Salud y Ciudadaníacoordenada pela Universidade do Porto.

Ali, são ouvidos médicos cubanos, espanhóis e colombianos que foram trabalhar em Portugal e que falaram sobre essa experiência. Trascrevo apenas um pequeno depoimento, de uma médica uruguaia que está por lá:

Tú tienes que tener un segundo para mí, dos minutos aunque sea de
camino, de acercarte al primer familiar que está y decirle „señora, está 
así, hicimos esto, la cosa está así, lo voy a llevar a tal hospital, 
quédese tranquila, yo lo voy a acompañar‟. Es lo mínimo. Los 
médicos portugueses, entran, salen, meten el tipo y se van. Yo al 
principio decía „pero esto es inhumano!‟ […] Yo hablo con los 
familiares. Eso les llamó mucho la atención a los enfermeros y a los 
TAE [Técnicos de Ambulância de Emergência], yo siempre busco un 
minuto […]. Hay cosas que son de sensibilidad humana porque el 
paciente no es una cosa o un objeto. (E2, médica uruguaia)

Talvez tenhamos alguma coisa a aprender por aqui, não é?

Por: Fernando Brito

APOIO TOTALMENTE!


PREFIRO A VERDADE À MENTIRA...


35 ANOS POR EXPOR A VERDADE...


PENSE NISTO...


PENSE NISTO!


ARIANO SUASSUNA

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Ariano Suassuna: um brasileiro de valor

Em passagem pela cidade de Florianópolis, o escritor Ariano Suassuna concedeu entrevista ao professor Nildo Ouriques, do Iela. Na conversa Ariano fala da cultura brasileira e do seu trabalho.

  

Mãos de tesoura – Ramon Goulart

Mãos de tesoura – Ramon Goulart
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Ramon Goulart me dedicou o texto abaixo depois de me ouvir falar em determinado domingo.
Muito obrigado, amigo. Ainda guardo seu texto como um sacramento.
______________________________
Mãos de TesouraRamon Goulart
Tenho certeza que você já viu aquele lindo drama que se chama: Eduard – Mãos de Tesoura. Se já viu que bom, pois é sobre isto que gostaria de falar hoje. Andei pensando sobre aquele camarada. Aquela história sempre mexeu muito comigo. Não entendia. Tem estórias que demoram para a mente digerir. Porém num dia, tudo ficou claro como uma manhã de verão nas praias do nordeste. Portanto, guarde isto e jamais se esqueça principalmente quando você ver alguém que tem algum dom.
Descobri que quem tem dom, tem mãos de tesoura. O dom é como as mãos de tesoura: pode produzir lindas obras de arte, porém é limitado a outras coisas. Existem muitas obras de arte. Não apenas esculturas. Mas também as artes visuais. Aquelas que dão alegria aos olhos. Temos as artes sonoras, que são aquelas músicas que fazem o tempo parar por alguns segundos e ficamos pensando como podemos ouvir algo tão sensível. Tem também a arte para o olfato que são os perfumes tão caros e tão deliciosos, e além da arte da culinária da qual os chefes de cozinha se esmeram para agradar seus clientes. Existem muitas artes que são frutos de pessoas que receberam um dom. O dom é um presente como o próprio nome significa. Um potencial dado para fazer, produzir algo, uma arte, pintura, uma lasanha ao molho branco, um disco de Bossa Nova do Tom Jobim…
Agora, existem outras obras de arte produzidas por pessoas que tem também dom (mas as vezes não é visto como tal). Uma ponte de safena feita por um médico que salvou a vida daquele paciente tão sofrido. Uma ponte construída por um engenheiro que ligou duas extremidades que eram separadas.
No filme, Eduard produzia esculturas e penteados com suas mãos de tesoura, com o seu dom. Porém, ele era limitado. Ele não podia fazer o que as outras pessoas faziam. Segurar nas mãos do seu amor. Ir pescar, carregar o cachorro, pegar nos dedos um dente de leão… Também ele podia fazer as artes para os outros, mas, o dom (as mãos de tesoura) eventualmente feriam o seu rosto – é preciso saber usar o dom que se tem nas mãos – Ele por várias vezes se feriu, por muitas vezes se cortou e até chegou por acidente cortar os outros. Ele necessitava aprender usar o seu dom. Assim chego ao entendimento que Mãos de tesoura produzem arte, seja ela qual for, más para o seu dono produz também sofrimento.
Salomão soube disto. Os compositores clássicos também. Não existe vida sem a mistura de beleza e sofrimento. Basta tomarmos como exemplo uma sonata: ouvir Nocturnos de Chopin é a declaração disto. Beleza nas notas e sofrimento. Num momento é triste, sofrida, em outro está alegre, saltitante. Até o nome que deram para classificar o tempo mostra isto “alegro”.
Cada pessoa que tem um dom, que tem mãos de tesoura, vive tanto o prazer da arte que ela faz, como o sofrimento de tanto produzir a arte como fruto do seu dom. Existe um peso, uma responsabilidade. E durante o curso da vida, para se aprender a usar o dom/mãos de tesoura, certamente haverão cortes, acidentes. Até poderemos ferir pessoas que amamos com nossas mãos de tesoura. O poder exige controle, domínio. Exige total atenção. E algumas coisas não poderemos fazer. As pessoas que mais tiveram dons foram às pessoas mais tristes e sofridas desse mundo. Foram as pessoas mais mal compreendidas e as que ficaram mais sozinhas. Não porque quisessem. Talvez, porque sabiam que suas mãos eventualmente feririam as pessoas que elas amavam e que estavam sempre perto delas…
Gosto daquele filme. Sempre quando posso, o vejo novamente, porque este filme é uma metáfora da minha condição de artista. E estas coisas são boas de se saber, porque nos preparam melhor para lidarmos com nossas mãos de tesoura.
Mãos de Tesoura: são diferentes, são afiadas, são belas e perigosas, são ferramentas para se produzir coisas belas e prazerosas que só quem as tem pode produzir.
Mãos de Tesoura: são também armas perigosas: e se a pessoa que as tem não as quiser usar para o bem? Um grande exemplo foi Hitler. Tinha mãos de tesoura, tinha o dom de liderar e formar opiniões com sua oratória. Guerras e muita dor podem ser produzidas por pessoas que usam mal seus dons
Gosto de me ver naquele homem. Eduard: Mãos de Tesoura. Ele naquele filme entendeu que sempre carregaria aquele dom. Dependeria dele, saber usá-lo, aonde usá-lo e como usá-lo.
Somos artistas temos o dom. Eduard resolveu ficar trabalhando com o seu dom suas mãos de tesoura. E muitas obras e muito prazer foram produzidos por ele… Olho-me no espelho. Vejo minhas mãos. Que interessante… Elas são de tesoura! Ao olhar mais para o lado esquerdo, vejo pelo espelho que existe papel no chão. Subo os meus olhos e dou de cara com minha obra de arte. Tão linda, tão prazerosa. Tão minha! Feita para você. Nela tinham palavras. Era uma crônica. E no topo estava escrito:
MÃOS DE TESOURA.

Germany Offers Legal Third Gender to Intersex Kids: 'Undetermined' - ABC News

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Ohio Man Declared Dead Comes Back to Life - ABC News

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Comment le mobile change l’Afrique | Winch 5

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Para o STF data de homic�dio pode n�o ser a do assassinato | Os Amigos do Presidente Lula

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Imagem de telesc�pio mostra nascimento de estrela - BBC Brasil - V�deos e Fotos

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quarta-feira, 21 de agosto de 2013

BBC News - What is Stockholm syndrome?

BBC News - What is Stockholm syndrome?

Dez conselhos aos homens recém separados

Dez conselhos aos homens recém separados
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Espero que este não seja meu melhor post, mas certamente é o mais lido. Os homens me escrevem na fantasia desesperada de que eu tenha respostas. As respostas. A maioria descobre meu e-mail na internet – eu mesmo não sei bem como. Então, em particular, costumam contar longamente seus casos. São todos de gênese muito diferente e muito iguais nos sintomas. Sempre respondo. Na semana passada, tive uma interessante conversa com um psiquiatra desesperado com seu próprio caso e, pior, tendo que tratar diariamente pacientes com o mesmo gênero de problemas. Ele seguia mal e mal trabalhando, não dormia, perdia peso e às vezes esquecia-se de tomar banho. Passei por tudo isso.
A maioria dos casais é normal e se separa. Não sei o que aconteceu de errado com os que não se separam mas isto não interessa agora e, como a vida é mesmo repetitiva, cunhei um e-mail padrão avisando meus amigos que se encontram nesta situação. Trata-se de um texto quase impessoal, entre o sério e o cômico, que já enviei para uns quinze amigos COM FILHO(S) nos últimos seis anos e os comentários sempre foram… bem diferentes um do outro.
Claro que fiz uma revisão no texto original para pôr no blog. Um e-mail é normalmente mais despudorado, seja em erros de português, seja em palavrões.
Então, o e-mail que envio tem mais ou menos o texto a seguir:
Ora, ora, mas aí tu me disseste que estás te separando…
Odeio — mesmo — as pessoas que vendem suas experiências bem ou mal sucedidas e complementam: “é assim que as coisas são, prepare-se!”. Parece que, se o vendedor de experiências se ralou, o mundo todo deverá inevitavelmente ir pelo mesmo caminho ou, se o vendedor se deu bem, todos os espertos que seguirem os itens vendidos chegarão à felicidade perene. Então, meus tópicos são gerais e quase impessoais. Se couberem, couberam.
1. As pessoas não se separam por pequenas diferenças. Pequenas diferenças são administráveis. As pessoas se separam por causa de abismos cavados através dos anos. Ele, o abismo, abre-se mui silenciosamente, mas, uma vez que começa a aparecer, é difícil preenchê-lo. Solução: nenhuma, claro. Meu amigo, isto aqui não é auto-ajuda. É mesmo dificílimo preenchê-lo. É muita terra.
2. Já formalizaste a separação na Justiça? Se não o fizeste, estás negociando tudo direto com a X? Cagada, na minha humilíssima opinião. Não faça nada sem uma mediação esclarecida. Formalize as coisas com um advogado a seu lado. Se a terapeuta familiar não trouxer a terra que falta em muitos caminhões e estiver apenas “organizando uma separação consensual e amigável”, dispense-a imediatamente ou falte às consultas, pois… Sabe o que vai acontecer? Eu sou a Verdade e A explico em detalhes: tu provavelmente vais dar tudo o que puder e o que não puder para a ex. Fiz isso; falo, pois, por experiência própria.
3. Os filhos normalmente ficam com a mãe, a não ser que eles optem, mas isso só depois dos 12 anos. Antes, só terás a guarda do teu filho se X morder a panturrilha do juiz na sessão. Se ela se apresentar normalmente, respondendo as coisas com coerência, levará os garotos. Ou seja, os filhos ficarem com a mãe é meramente cultural e nada tem a ver com tua culpa.
4. Por quê? Simples. Uma separação não é um domingo no parque, tu ficarás deprimidíssimo se já não estás, olhando apaixonadamente as rodas dos trens do metrô, fazendo planos suicidas. É normal. Tu vais querer morrer por deixar teus filhos, vais fazer tudo errado com toda a convicção, sairás da relação despojadamente, dizendo, heroico: “Não quero prejudicar meus filhos!”. Puro romantismo.
5. Vocês tinham uma casa e agora têm duas. Financeiramente, uma separação é um péssimo negócio. Se ela ficar melhor do que estava antes, há algo de errado. Este “algo” crescerá, como veremos a seguir.
6. Tudo bem, no início tu dás tudo para X. Isto é somente uma forma rápida de te livrares do insuportável estresse pelo qual estás passando. Eu te compreendo. Só que, depois de um tempo, a depressão passa.
7. Depois de um ano, por exemplo, tu notas que a casa onde recebes teus filhos é uma bosta e fica mais bosta ainda se a comparares com a dela. Depois de um ano, tu não olhas mais para as rodas de ferro dos trens e passas a te interessar pelos peitos da vizinha, pelos quadris da colega e expandirás a observação que fizeste sobre tua casa para toda tua vida.
8. Ou seja, se não fizeres as coisas direitinho agora, mas agora mesmo, vocês vão brigar feio e vão para a Justiça no futuro, com provável derrota tua. Tô dizendo.
9. Muitos contatos com a ex fazem mal. Se tiveres que voltar com a X, haverá de acontecer com ou sem a tua presença ostensiva. Separação é separação, não é meia separação. Esqueça aquela bimbadinha. É um completo equívoco. Lembres que, quando entrar um terceiro ou terceira na história, vai dar merda. Ou tu achas que todos vão se amar? Acontece, mas é raro.
10. Mas, sabe de uma coisa? Acho que deverias ler, bem lidinho, tudo o que puderes. E deverias falar com teu advogado. E ainda visitar este interessante site, cheio de artigos úteis: Pai Legal. Se o conhecesse antes, minha vida seria ainda melhor.
Chegaste até aqui ou te irritaste achando teu caso muito diverso? Bem, se estás ainda lendo, obrigado pela paciência; se estiveres com contrariado com minha intromissão, peço desculpas; se estiveres me odiando, vai tomar no cu. No último caso, ou seja, se explodires de raiva contra mim, avise-me antes — através de um torpedo, por favor (torpedo de celular, bem entendido) — , pois comprei um sismógrafo e tenho poucas chances de testá-lo.
Publicado em 3 de março de 2008

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Relatora da ONU defende aprovação imediata da PEC do Trabalho Escravo

Relatora da ONU defende aprovação imediata da PEC do Trabalho Escravo

13 de agosto de 2013

Por Daniel Santini
Da Repórter Brasil


A advogada armênia Gulnara Shahinian, Relatora Especial da ONU para formas conteporâneas de escravidão, enviou na última sexta-feira (9) carta aberta ao senadores brasileiros defendendo a aprovação imediata da Proposta de Emenda Constitucional 57A, que prevê a expropriação de propriedades em que for flagrado trabalho escravo e sua destinação para reforma agrária ou uso social (no caso de áreas urbanas). Mais conhecida como PEC do Trabalho Escravo, a medida tramita há mais dez anos no Congresso Nacional e, após idas e vindas para a Câmara dos Deputados em função de alterações, voltou ao plenário do Senado na última quarta-feira (7). O texto pode ser votada ainda esta semana, mas senadores da Frente Parlamentar de Agropecuária, a chamada Bancada Ruralista, condicionam sua aprovação à descaracterização do que é trabalho escravo.

Além do risco de tornar inócua a PEC do Trabalho Escravo, a negociação de uma nova definição legal pode atrasar ainda mais a votação. Em sua mensagem, a relatora manifesta preocupação com a discussão de um novo conceito e defende que o atual, detalhado no Artigo 149 do Código Penal, atende plenamente ao que está previsto nas convenções internacionais contra trabalho forçado das quais o Brasil é signatário. Ela ressalta que o trabalho desenvolvido pelo país no combate é exemplar e também parabeniza os avanços em nível estadual, citando a lei paulista nº 14.946/2013, de autoria do deputado Carlos Bezerra Jr. (PSDB), que prevê a cassação de ICMS de empresas flagradas com escravos. A lei paulista foi regulamentada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) em maio.

Arquivo Bianca PylTrabalhador resgatado da escravidão em carvoaria no Pará (Foto: Divulgação/MTE)

Leia abaixo a carta enviada ao Senado:

"Carta aberta aos Senadores do Congresso Nacional do Brasil*

Excelências,

Senadores do Congresso Nacional do Brasil

Tenho a honra de escrever para parabenizá-los pelas importantes iniciativas legislativas alcançadas pelo Brasil recentemente na luta contra o trabalho escravo em nível estadual. A partir de São Paulo, essa legislação coloca um importante precedente na luta contra escravidão e tem recebido apoio em outros Estados.

Com esta carta, gostaria também de aproveitar a oportunidade e compartilhar pensamentos sobre acontecimentos recentes que preocupam a mim e a todos que lutam para combater a escravidão no mundo moderno, tendo em vista que considero o Brasil como o país que desenvolveu modelos exemplares para o combate à escravidão.

Em 2010, quando visitei o Brasil pela primeira vez em missão oficial, tive a oportunidade de encontrar muitas pessoas: autoridades governamentais, Senadores, representantes de agências internacionais, líderes da sociedade civil e vítimas da escravidão. Havia unanimidade e esperança de que a Proposta de Emenda Constitucional 57/A fosse a lei que, adotada prontamente, traria proteção e restauraria a Justiça e a dignidade para tantas pessoas vítimas da escravidão no Brasil.

Lembro-me bem do meu encontro com vocês Senadores e o entusiasmo que senti quando vi como a vontade do povo e os interesses políticos envolvendo o país estavam de mãos dadas. Senti orgulho de ser convidada a acompanhar um grupo de Senadores que estava reunindo assinaturas de pessoas de todo o país em apoio a essa emenda. Foi um ato de democracia em ação e um evento muito memorável.

Quase três anos se passaram desde então e aconteceram muitas discussões sobre a Emenda. É encorajador saber que houve progresso e neste meio tempo a Emenda ganhou apoio de mais Senadores.

Eu acompanhei também com atenção o debate sobre a redefinição do que é trabalho escravo na lei brasileira. Conforme mencionei em relatório anterior e em entrevistas, apoio fortemente a atual definição que consta no Artigo 149, já que ela está em consonância com todas as prerrogativas da lei internacional, especificamente da Convenção sobre Trabalho Forçado da Organização Internacional do Trabalho de 1930, e da Convenção pela Abolição do Trabalho Forçado da Organização Internacional do Trabalho de 1957. É importante ressaltar que a definição atual de trabalho escravo na lei prioriza a proteção de direitos básicos dos trabalhadores: direito à liberdade e direito a condições dignas de trabalho. Esses são valores importantes da lei. Estou preocupada que as discussões sobre a redefinição do conceito do trabalho escravo atrasem de maneira desnecessária a adoção da Proposta de Emenda Constitucional 57/A, tão aguardada por tantos homens, mulheres e crianças, submetidos à escravidão na agricultura.

Além disso, conforme apontei no relatório e durante workshop posterior realizado em novembro de 2012, o problema em relação à lei não é a definição de escravidão, mas sua implementação. Durante meus encontros com autoridades governamentais em Brasília e Genebra, enfatizei a necessidade de aplicação estrita da lei e de fortalecer ações da Polícia Federal para investigar e abrir inquéritos criminais contra quem perpetua o trabalho escravo.

O meu mandato como relatora de formas contemporâneas de escravidão termina na primavera (outono no Brasil) de 2014 e eu gostaria de agradecer a todos que trabalham para a erradicação do trabalho escravo, pela transparência e cooperação com meu trabalho.

O Brasil tem muita vontade e potencial para erradicar a escravidão e garantir a proteção necessária a todos submetidos à escravidão no país. Essas pessoas não podem esperar mais. Escravidão não pode continuar presente nem continuar afetando pessoas no Brasil. Todos os esforços devem ser feitos para erradicar a escravidão e eu gostaria de parabenizar todas as ações anteriores e futuras para lidar com essa questão, e, juntamente com o Governo, criar as condições para garantir a todos liberdade, proteção e trabalho decente.

Por último, permintam-me reiterar minha sincera vontade de permanecer sempre uma grande admiradora e amiga desse país extraordinário que é o Brasil.

Respeitosamente,

Gulnara Shahinian,
Relatora Especial da ONU sobre formas contemporâneas de escravidão
 

COLUNISTA INSINUA QUE GOVERNO TUCANO SABIA DE CARTEL

Caixa 2 de FHC e a natureza do escorpião - DO BLOG DO CADU

Caixa 2 de FHC e a natureza do escorpião



E as propinas da empresa de engenharia francesa Alstom – claro FHC adora a França – chegaram à reeleição de Fernando “esqueçam o que eu escrevi” Henrique Cardoso. Além de compra de votos no Congresso para apoiar sua permanência no Palácio do Planalto, o PSDB montou um esquema de caixa 2 internacional. E com planilhas registrando tudo. Esses tucanos do bico de pau...

Em 2000, a Folha de S. Paulo publicou reportagem sobre “doações não registradas” para a campanha eleitoral de 1998. Segundo a reportagem, R$ 10,120 milhões deixaram de ser contabilizados. Nos documentos que afirmam ter tido acesso, um real em cada cinco eram em caixa 2 ou como no texto, “contabilidade paralela”.

Na planilha dessa “contabilidade paralela” constam os nomes de Andrea Matarazzo e Eduardo Jorge Caldas Pereira, tucano do bico finíssimo e da mais alta plumagem. A campanha tucana ainda teria recebido R$ milhões após a eleição, o que é ilegal.

Junte isso à Lista de Furnas, que desviou aproximadamente R$ 40 milhões de reais – vale lembrar que Gilmar Mendes, na época membro da Advocacia Geral da União (AGU), recebeu R$ 185 mil. Pegue uma calculadora, faça as devidas correções monetárias e se ela tiver zeros suficientes, espalhe quanto o PSDB de FHC, Serra e Aécio desviaram para se manter no poder.

Veja e Época

É simplesmente lamentável, apesar de não ser uma surpresa, a postura de Época e da “coisa feita em papel couché” Veja. A Globo, não importa se falada, televisada ou impressa, será sempre a Globo. Arma golpes – como sofreu Brizola em 1982 – e adora um xelelismo e “massas cheirosas”. Como sua “colega” paulista a Folha de S. Paulo.

Veja deveria ser disciplina nos cursos de Comunicação Brasil afora: como não fazer jornalismo, Veja de cabo a rabo.

Uma lança uma denúncia para desviar o foco do esquema dos trens e metrôs de São Paulo sob o comando das altas plumas tucanas que foi desmentido em 24 horas. A outra passa ao largo do tema e publica, sabem-se lá quantas páginas, sobre o assunto sem falar do PSDB e do Serra. Serra, aliás, que é o queridinho do Reinaldo Azevedo, que (deve ser) é o queridinho dos Civita. Para ficar tudo no clima dos ursinhos carinhosos, Veja não fala do Serra para que Serra não fique magoado com Reinaldo e esse não fique com Veja.

Ah, o amor... Lindo não é?

Folha e Estadão

Apesar de também terem sua predileção pelas “massas cheirosas”, plumas e bicos, Folha e Estadão noticiam o esquema dos trens. Vale lembrar que muito tempo após a revista Istoé publicar e muitos anos depois de CartaCapital levantar essa bola. Parecem que cansaram a incapacidade do PSDB em se apresentar como alternativa ao PT.

Noticiam todo o esquema, mas fingem que nunca ajudaram a sustentar politicamente os governos tucanos em São Paulo. É um “cansei” às avessas. Será?

As últimas pesquisas do Ibope ajudam nesse sentimento de frustração coletiva da “grande imprensa”. Porém não se pode pedir ao escorpião que ele seja outra coisa que não um escorpião. Logo suas baterias se voltam contra a esquerda e o governo federal.

Quanto mais se mexe em financiamento de campanha, mais se encontra problemas de caixa 2, ou como a educada Folha tratou o caso do PSDB, contabilidade paralela. Se cortar essa relação pela raiz, sempre teremos casos assim. Não adianta, a corrupção é da natureza do capitalismo, e na disputa pelos espaços de poder, ele permite valer tudo. A única moral do capitalista é o lucro, sob qualquer que seja a ótica. Sempre é bom lembrar-se do escorpião.
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