Novas medidas econômicas ainda não estão maduras:
A Presidência da República confirmou nesta quarta-feira que a nova equipe econômica será anunciada amanhã, mas não haverá posse dos ministros. A ideia é que os novos titulares da Fazenda e do Planejamento fiquem despachando no Palácio do Planalto enquanto os atuais ministros permanecem no cargo.
A principal razão para criar essa equipe de transição do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff é de ordem política. Nesta quarta, o governo não teve força para votar no Congresso o projeto que abandona a meta de controle dos gastos públicos em 2014. Vai tentar aprovar a medida na semana que vem. Falta amarrar apoios na Câmara.
Enquanto não aprovar esse projeto, o governo não quer que os novos ministros respondam pela economia. Dilma quer deixar que o atual ministro da Fazenda, Guido Mantega, se responsabilize por medidas mal vistas pelo mercado. Em resumo, pretende limpar a área para o novo time econômico.
Os ajustes que o governo fará na economia ainda não estão maduros. Deverá haver algum corte de gastos e é possível que haja um aumento de uma contribuição cobrada no preço da gasolina. Mas a presidente quer um ajuste gradual. Está discutindo a dosagem do sacrifício. Por isso, está ganhando esse tempo.
Na sexta-feira, Dilma vai participar de um encontro do PT em Fortaleza. Quer evitar um fogo amigo contra Joaquim Levy, que deverá ser o novo ministro da Fazenda.
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