Lava-Jato: Cerveró e operador de esquema se calam em depoimento à CPI da Petrobras:
Ex-diretor da Petrobras se negou a responder perguntas dos parlamentares; advogada de Mário Góes pediu mais respeito a seu cliente
Agência O Globo
O ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, terceiro a ser ouvido na CPI da Petrobras em Curitiba, não respondeu as perguntas feitas pelos parlamentares durante a sessão. Cerveró se limitou a dizer que estava em férias em Londres, em janeiro, quando soube da prisão e preferiu retornar ao Brasil para prestar esclarecimentos.
Incomodado com o silêncio de Cerveró, o deputado Delegado Waldir (PSDB-GO) perguntou rindo se o ex-diretor da Petrobras era o Papai Noel. Constrangido, Cerveró respondeu que iria se manter no direito de ficar calado.
Com a saúde debilitada, o empresário Mário Goes, apontado como um dos operadores do esquema de corrupção da Lava Jato, permaneceu calado durante a CPI da Petrobras. Mesmo com o presidente da comissão, o deputado Hugo Motta (PMDB) sendo a favor de liberar o réu, alguns parlamentares decidiram por fazer perguntas ao empresário. Goes apenas respondeu que tinha 74 anos e quatro filhos.
– Ele não pode falar, mas tem muito a ouvir – disse o deputado Izalci (PSDB) após ter nenhuma pergunta respondida.
Durante a sessão, a advogada de Mário Goes pediu ao presidente da CPI para que os parlamentares tivessem mais respeito ao falarem com seu cliente. O advogado de Fernando Soares, conhecido como “Fernando Baiano”, David Teixeira de Azevedo, que acompanhava a sessão, ficou incomodado com a resposta do deputado Onyx Lorenzoni à advogada de Goes e criou um certo tumulto que logo foi controlado pelo deputado Hugo Motta.
A CPI da Petrobras começou a ouvir na manhã desta segunda-feira em Curitiba 13 investigados pela Operação Lava-Jato que estão presos no Paraná.
Nenhum comentário:
Postar um comentário