Minas247 – Belo Horizonte espera, para a próxima quarta-feira 24, o maior protesto contra a Copa já visto na capital desde o início das manifestações que acontecem no País. Isso porque o Estádio do Mineirão recebe as seleções brasileira e uruguaia pela semifinal da Copa das Confederações. No último sábado, quando jogaram México e Japão, a cidade já
registrou um protesto com cerca de 70 mil pessoas, que resultou em conflitos com a polícia, feridos, prisões e vandalismo.
Nesse ambiente, o senador mineiro Aécio Neves (PSDB) não perde a oportunidade de tentar carimbar a presidente Dilma Rousseff como responsável direta pelos estádios. "Ela passou seis meses inaugurando estádios como se fossem seus para agora dizer, erradamente, que não há recursos federais", afirmou o tucano. Na visão do parlamentar, Dilma está sendo oportunista ao dissociar o governo dos gastos com a Copa.
O investimento público na construção das arenas é uma das principais críticas dos protestos contra a competição no Brasil.
Reportagem do portal UOL publicada neste domingo aponta mentiras no pronunciamento de Dilma, que disse não haver recursos do governo federal nas obras da Copa. Em
nota divulgada nesta segunda-feira, porém, o Planalto afirma que "a matéria do UOL está errada" e reforça que não há "um centavo" da União nas arenas, e sim em "obras estruturantes que vão melhorar em muito a vida dos moradores das cidades".
Ainda sobre os atos, o pré-candidato à presidência da República pelo PSDB procurou os governadores e prefeitos de capitais a fim de fechar uma pauta do partido para a reunião dos governantes com a presidente, em Brasília, como informa a coluna
Painel, da Folha de S.Paulo. A lista dos tucanos inclui propostas administrativas e nos campos ético e político. Segundo o presidente da legenda, as manifestações permitem o debate do pacto federativo, contra o que chama de "centralismo da União".
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