Na delegacia, irmão de pastor Marcos se nega a falar sobre postagens na internet
O delegado Delmir Gouvêa, da 64ª DP (São João de Meriti), afirmou que Allan Pereira, irmão do pastor Marcos - preso acusado de dois estupros de fiéis da Assembleia de Deus dos Últimos Dias -, não quis se pronunciar na delegacia sobre as acusações de injúria por conta de postagens no Facebook. Duas supostas vítimas, o pastor Rogério Menezes, testemunha no inquérito que investiga estupros cometidos pelo pastor, e o delegado da Delegacia de Combate às Drogas, Márcio Mendonça, registraram ocorrência contra Pereira. O depoimento de Allan, na manhã desta quarta-feira, durou cerca de 50 minutos.
Mendonça é chamado de "delegado do diabo" na página do irmão do pastor. Já as duas vítimas tiveram imagens tiradas de suas contas na rede social e postadas na de Allan, acompanhadas do texto: "Será que o pastor Marcos teria coragem de pecar com esses dragões?".
- Ele só negou que quisesse ofender as pessoas, mas todas as ocorrências vão para a Justiça ainda hoje. A pena vai de um a seis meses por condenação e pode ser aumentada por conta da injúria contra o delegado, que foi ofendido no exercício de sua profissão - explicou Gouvêa.
O delegado também enviou ao Ministério Público nesta quarta-feira o inquérito que investiga a coação de uma vítima e uma testemunha por conta do inquérito que investiga os supostos estupros do pastor. Foram indiciados o pastor, considerado o mandante das ameaças, seu filho, Felipe Pereira, e dois funcionários da Assembleia de Deus dos Últimos Dias, igreja fundada pelo pastor.
Durante as investigações, as duas vítimas - um casal que havia parado de frequentar a igreja por conta dos supostos abusos sexuais sofridos pela mulher - relataram em depoimento que, no dia em que foram depor na Delegacia de Combate às Drogas (Dcod), em março do ano passado, cinco pessoas, entre elas o filho do pastor, foram à casa delas. Do lado de fora do portão, os acusados teriam gritado: "Cuidado com o que vocês estão falando do ungido", se referindo ao pastor. Os acusados negam que foram fazer ameaças ao casal e afirmam que foram à casa porque já haviam marcado encontro. Em depoimento na prisão, o pastor negou que soubesse do encontro.
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