Brasília - Em rápida sessão administrativa realizada na noite desta quarta-feira (22/5), por proposta do decano Celso de Mello, os ministros do Supremo Tribunal Federal decidiram que o início do julgamento dos embargos declaratórios dos 25 condenados na ação penal do mensalão só ocorrerá 10 dias depois de o relator do processo, Joaquim Barbosa, se considerar "preparado", e mandar publicar, no Diário da Justiça e no site do STF, a data do reinício das sessões.
Logo depois da reunião, Barbosa admitiu, ao ser indagado pelos repórteres, que as sessões para a discussão e votação dos embargos (apenas os declaratórios) só devem ser realizadas depois do recesso de julho do STF.
Duranta a sessão administrativa, ele disse aos seus pares que "estou longe de estar preparado" para levar já os recursos a julgamento, já que há peças de mais de 150 páginas.
A proposta feita pelo ministro Celso de Mello não estava na pauta da sessão administrativa, mas o decano pediu ao presidente do STF que "todos" (ministros, o chefe do Ministério Público, os réus e seus advogados) fossem informados do início do julgamento dos embargos com uma antecedência de pelo menos 10 dias, a fim de que se preparassem devidamente os seus votos, e não fossem surpreendidos pelo relator. No caso, o próprio ministro Joaquim Barbosa logo concordou com a proposta, assim como os demais ministros.
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