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sexta-feira, 3 de maio de 2013

Tucano acusado de mandar matar 4 na chacina de Unaí se diz vítima

TUCANO ACUSADO DE MATAR 4 PESSOAS, MOTORISTA E TRÊS FISCAIS DO ESTADO NA CHACINA DE UNAÍ, CONTINUA LIVRE E É HOMENAGEADO

Da série: tucanos querem reduzir a idade penal, mas para quê?

Tucano acusado de mandar matar 4 na chacina de Unaí se diz vítima

Antério Manica, condecorado na Assembleia de Minas Gerais
Antério Manica, condecorado na Assembleia de Minas Gerais
Vi o Mundo
A Chacina de Unaí vai completar quase uma década sem julgamento.
No dia 28 de janeiro de 2004, uma denúncia anônima de trabalho degradante no campo (forjada) levou três auditores fiscais do Ministério do Traballho e o motorista deles para uma emboscada. Todos foram executados com tiros na cabeça, a menos de 160 quiilômetros de Brasília.
Os assassinatos repercutiram dentro e fora do país.
Por pressão direta da Presidência da República, uma investigação relâmpago descobriu os envolvidos nas execuções. Uma trama que envolve hierarquia e poder.
Segundo o Ministério Público Federal, os irmãos Antério e Norberto Mânica, os maiores produtores de feijão do país, seriam os mandantes.
Hugo Pimenta e José Aberto de Castro, o Zezinho, empresários de sucesso na produção de grãos, os intermediários.
Francisco Helder Pinheiro, conhecido como Chico Pinheiro, o homem que contratou os pistoleiros.
Erinaldo Silva e Rogério Alan Rocha, os matadores.
Willian de Miranda, motorista dos bandidos.
E Humberto dos Santos, o responsável por tentar apagar os rastros da quadrilha.
Antério Mânica, segundo o Ministério Público Federal um dos mandantes da chacina, se elegeu duas vezes prefeito de Unaí concorrendo pelo PSDB.
Sua declaração de bens na Justiça Eleitoral, em 2008, chegou perto dos 19 milhões de reais.
A primeira eleição aconteceu no ano do crime, mesmo sendo ele um dos suspeitos de mandar matar os servidores públicos.
Antério passou dois curtos períodos na cadeia.
As propriedades dele, com cerca de cinco mil hectares, produzem mais de 200 mil sacas de 60 quilos de feijão por safra.
Os Mânicas são descendentes de italianos. Chegaram ao Brasil no final de década de 40.
Hoje, Antério diz que praticamente não conversa com o irmão, Norberto, que mudou-se para o interior de Mato Grosso. (Texto completo)

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