Por Rosa Luxe
Esse texto é para você que estava com o movimento Passe Livre São Paulo desde o começo. Ele é especialmente pra você que, antes mesmo do primeiro "não é por 20 centavos", já apoiava porque compreendia que, SIM, o protesto era para que 20 centavos não fossem mantidos a mais na tarifa do transporte "público". Quando a mídia conservadora dizia que era sem sentido, que não valíamos nem 20 centavos, que era tudo baderna e vandalismo... e você já apoiava.
É triste ver um movimento que luta para destruir valores conservadores sendo sufocado por causas sem sentido e sem pauta. Ontem assistimos os protestos sendo tomados por pessoas que não possuem a mínima idéia do que é protestar, acham que sentar e cantar o hino nacional, sem exigência alguma para se fazer ao governo, é um "protesto". Vi pessoas no twitter questionando essas pautas, perguntando: "Qual é a demanda de vocês? Quando os protestos vão parar? O que o governo de São Paulo (e de outros estados) tem que fazer para que o povo pare os protestos?" e ninguém respondia nada que fizesse sentido.
A verdade é que há uma massa conservadora se juntando aos protestos e infelizmente não estou falando só de Jabor, Pondé, Azevedo, Veja, UOL e cia. Esses grandes ícones do conservadorismo brasileiro se juntaram a causa e ISSO POR SI SÓ já deveria ser motivo para que todo mundo fizesse uma reflexão profunda e não caísse nas armadilhas, mas infelizmente há algo pior: pessoas com idéias anti-humanistas, pedindo que "bandidos" sejam espancados, falando contra programas como o Bolsa Família, não aceitando a participação de pessoas LGBT e até mesmo batendo em mulheres que portavam bandeiras de partidos. Essas pessoas não sabem o que é protestar, não fazem realmente a mínima idéia. Acham que o Brasil "acordou", quando milhares de movimentos por todo o país já tomam as ruas e protestam e são chamados de desocupados, vagabundos, gayzistas, esquerdopatas, feminazis e tantos outros termos pejorativos.
Geraldo Alckmin enganou a todos os novos adeptos, que caíram como patinhos. Disse que não haveria polícia, que tinham CONVICÇÃO. Ora, por que tanta certeza? Acredito que essa certeza vem do fato de que ele e seus capangas midiáticos reconheceram a distinção entre os grupos. Enquanto a juventude sem pauta falando contra corrupção estava na Paulista cantando o hino nacional, tinha gente apanhando no Palácio dos Bandeirantes. Muita gente que tem idéias de esquerda chegou deslumbrado da Paulista dizendo que tinha sido tudo paz, tudo lindo, totalmente ludibriados e incapazes de enxergar além do óbvio. A falta de experiência e de vontade de aprender sobre o que é protestos nas ruas leva a criminalização de quem tenta invadir prédios do governo ou se revolta pichando frases nos õnibus e muros (frases essas que são quase um desabafo de um povo massacrado pela força do capital).
Eu não me achava uma esquerdista das mais assertivas, tinha até meus momentos de baixar a guarda e não falar contra o capitalismo a cada segundo, mas diante disso tudo sou capaz de reconhecer a minha coerência e com a consciência tranquila posso afirmar que não estou sendo massa de manobra de Alckmin, Haddad, Globo, UOL, Folha, Jabor, Pondé, Azevedo ou outros grupos e pessoas que tentam transformar o assunto em uma enorme manifestação no estilo "Cansei" e "Dia do Basta".
É frustrante ver que essas pessoas CONCORDAM COM A MÍDIA quando criminalizam movimentos que fazem barricadas para atrasar o Choque (e vocês já viram que o Choque só quer surrar e agredir) ou agem de maneira "não-pacífica". Esse repúdio conservador é feito há muitas décadas, há muitos séculos, mas somente esses grupos "não-pacíficos" foram capazes de transformar a história em vários momentos. Vá ao Google e busque por revoluções e protestos que te asseguraram direitos. NENHUM deles conquistou NADA sentando com a PM no chão e cantando o Hino Nacional.
É impossível, a essa altura, controlar quem vai pras ruas e quem se junta ao movimento. Já era. Nossa ÚNICA esperança é que os manifestantes que de fato se importam em ROMPER o status quo sejam capazes de levantar a voz e manter os protestos SEM a massa conservadora. Veremos - como vimos ontem - que a mídia irá nos chamar de "pequenos grupos vândalos", mas não é nada que já não conheçamos de perto. Seremos eternamente o "pequeno grupo vandâlo" de qualquer época, porque nós sempre caminhamos pra frente, com punhos erguidos, palavras de ordem, força e coragem de enfrentar a PM, o Choque e a mídia.
Que cada um se sinta livre para tomar a atitude e a postura que julgar necessária. EU NÃO ACEITO a direita e nunca irei aceitar, eu NÃO caminho lado a lado com quem desrespeita os Direitos Humanos. EU NÃO ME CALO diante de cartazes conservadores. E você?
OBS: É pelos 20 centavos, pelo transporte que se diz público e não é, por quem e para quem 20 centavos a mais numa passagem é dinheiro demais. Quem não concorda com isso, já mostra quem de fato é.
Esse texto é para você que estava com o movimento Passe Livre São Paulo desde o começo. Ele é especialmente pra você que, antes mesmo do primeiro "não é por 20 centavos", já apoiava porque compreendia que, SIM, o protesto era para que 20 centavos não fossem mantidos a mais na tarifa do transporte "público". Quando a mídia conservadora dizia que era sem sentido, que não valíamos nem 20 centavos, que era tudo baderna e vandalismo... e você já apoiava.
É triste ver um movimento que luta para destruir valores conservadores sendo sufocado por causas sem sentido e sem pauta. Ontem assistimos os protestos sendo tomados por pessoas que não possuem a mínima idéia do que é protestar, acham que sentar e cantar o hino nacional, sem exigência alguma para se fazer ao governo, é um "protesto". Vi pessoas no twitter questionando essas pautas, perguntando: "Qual é a demanda de vocês? Quando os protestos vão parar? O que o governo de São Paulo (e de outros estados) tem que fazer para que o povo pare os protestos?" e ninguém respondia nada que fizesse sentido.
A verdade é que há uma massa conservadora se juntando aos protestos e infelizmente não estou falando só de Jabor, Pondé, Azevedo, Veja, UOL e cia. Esses grandes ícones do conservadorismo brasileiro se juntaram a causa e ISSO POR SI SÓ já deveria ser motivo para que todo mundo fizesse uma reflexão profunda e não caísse nas armadilhas, mas infelizmente há algo pior: pessoas com idéias anti-humanistas, pedindo que "bandidos" sejam espancados, falando contra programas como o Bolsa Família, não aceitando a participação de pessoas LGBT e até mesmo batendo em mulheres que portavam bandeiras de partidos. Essas pessoas não sabem o que é protestar, não fazem realmente a mínima idéia. Acham que o Brasil "acordou", quando milhares de movimentos por todo o país já tomam as ruas e protestam e são chamados de desocupados, vagabundos, gayzistas, esquerdopatas, feminazis e tantos outros termos pejorativos.
Geraldo Alckmin enganou a todos os novos adeptos, que caíram como patinhos. Disse que não haveria polícia, que tinham CONVICÇÃO. Ora, por que tanta certeza? Acredito que essa certeza vem do fato de que ele e seus capangas midiáticos reconheceram a distinção entre os grupos. Enquanto a juventude sem pauta falando contra corrupção estava na Paulista cantando o hino nacional, tinha gente apanhando no Palácio dos Bandeirantes. Muita gente que tem idéias de esquerda chegou deslumbrado da Paulista dizendo que tinha sido tudo paz, tudo lindo, totalmente ludibriados e incapazes de enxergar além do óbvio. A falta de experiência e de vontade de aprender sobre o que é protestos nas ruas leva a criminalização de quem tenta invadir prédios do governo ou se revolta pichando frases nos õnibus e muros (frases essas que são quase um desabafo de um povo massacrado pela força do capital).
Eu não me achava uma esquerdista das mais assertivas, tinha até meus momentos de baixar a guarda e não falar contra o capitalismo a cada segundo, mas diante disso tudo sou capaz de reconhecer a minha coerência e com a consciência tranquila posso afirmar que não estou sendo massa de manobra de Alckmin, Haddad, Globo, UOL, Folha, Jabor, Pondé, Azevedo ou outros grupos e pessoas que tentam transformar o assunto em uma enorme manifestação no estilo "Cansei" e "Dia do Basta".
É frustrante ver que essas pessoas CONCORDAM COM A MÍDIA quando criminalizam movimentos que fazem barricadas para atrasar o Choque (e vocês já viram que o Choque só quer surrar e agredir) ou agem de maneira "não-pacífica". Esse repúdio conservador é feito há muitas décadas, há muitos séculos, mas somente esses grupos "não-pacíficos" foram capazes de transformar a história em vários momentos. Vá ao Google e busque por revoluções e protestos que te asseguraram direitos. NENHUM deles conquistou NADA sentando com a PM no chão e cantando o Hino Nacional.
É impossível, a essa altura, controlar quem vai pras ruas e quem se junta ao movimento. Já era. Nossa ÚNICA esperança é que os manifestantes que de fato se importam em ROMPER o status quo sejam capazes de levantar a voz e manter os protestos SEM a massa conservadora. Veremos - como vimos ontem - que a mídia irá nos chamar de "pequenos grupos vândalos", mas não é nada que já não conheçamos de perto. Seremos eternamente o "pequeno grupo vandâlo" de qualquer época, porque nós sempre caminhamos pra frente, com punhos erguidos, palavras de ordem, força e coragem de enfrentar a PM, o Choque e a mídia.
Que cada um se sinta livre para tomar a atitude e a postura que julgar necessária. EU NÃO ACEITO a direita e nunca irei aceitar, eu NÃO caminho lado a lado com quem desrespeita os Direitos Humanos. EU NÃO ME CALO diante de cartazes conservadores. E você?
OBS: É pelos 20 centavos, pelo transporte que se diz público e não é, por quem e para quem 20 centavos a mais numa passagem é dinheiro demais. Quem não concorda com isso, já mostra quem de fato é.
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