Roberto Azevêdo vai comandar a OMC. Para desespero de alguns “brasileiros”
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Via De Brasília
Antes de mais nada, a eleição de Roberto Azevêdo (foto) é o reconhecimento mundial do acerto que o Brasil fez na condução de sua política externa desde a chegada de Lula e do PT ao Governo em janeiro de 2003. Em lugar da postura de subserviência e repugnante submissão, emergiu um País ativo nos fóruns internacionais, com forte presença em todos os momentos – jamais se omitindo a dizer qual a sua posição.
As viúvas de FHC – e que são sempre entrevistadas pelos meios de comunicação no Brasil – jamais aceitaram que em lugar de alguém se prostrando de quatro – numa cena venal e vexatória que passou pela retirada dos sapatos para entrar na América do Norte – estivesse um país que impôs a si próprio a condição de interlocutor e de protagonista.
Foi interessante observar nos últimos dias a indisfarçável alegria com que os jornaleções, que hoje espalham sua imundície em portais da internet, davam conta de deserções na contabilidade brasileira. Chegaram ao ponto de considerar “perda” a negativa do Paraguai em apoiar o candidato brasileiro – numa clara demonstração de “secação”.
Quando ontem [6/5] a União Europeia divulgou que votaria em bloco no candidato mexicano, mais dócil aos interesses dos ianques (eu me nego a chamar os moradores de lá de riba de “americanos”, porque eu também sou americano), o portal UOL praticamente decretou a derrotado do brasileiro – e fez isso com incontida alegria.
Algumas repercussões interessantes:
● A eleição do embaixador brasileiro Roberto de Carvalho de Azevêdo, de 55 anos, para diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), representa a confiança da comunidade internacional no Brasil, diz a especialista em comércio exterior Marília Castañon Pena Valle, ex-coordenadora-geral do Departamento de Defesa Comercial, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). [Agência Brasil]
● A eleição do embaixador brasileiro Roberto Carvalho de Azevêdo, de 55 anos, para o cargo de diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) representa que há uma “ordem internacional em transformação”, segundo o ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota. Para ele, significa que os países em desenvolvimento e pobres avançam em suas conquistas. O chanceler disse hoje [7/5] que a vitória de Azevêdo se deve a uma campanha intensa, que mobilizou o governo e ganhou apoio em todos os continentes. [Agência Brasil]
● A presidenta Dilma Rousseff parabenizou hoje [7/5] o embaixador Roberto Carvalho de Azevêdo pela eleição para diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC). O brasileiro disputou com o mexicano Hermínio Blanco, e assume o cargo no dia 31 de agosto, substituindo o francês Pascal Lamy.
Dilma telefonou para Azevêdo por volta das 15h, segundo a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, e manifestou a satisfação pela escolha do brasileiro para liderar a OMC em um momento no qual o mundo se recupera da crise financeira de 2008.
“Ainda sofrendo os efeitos da crise mundial iniciada em 2008, caberá à OMC nos próximos anos dar um novo, equilibrado e vigoroso impulso ao comércio mundial, fundamental para que a economia global entre em um novo período de crescimento e justiça social”, diz a nota assinada pela presidenta. [Agência Brasil]
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