Mujica compara mercado ilegal de maconha com prática de abortos clandestinosby luizmullerpt |
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Ao
falar sobre o projeto de lei para legalizar o consumo e a venda de
maconha cedendo o controle ao Estado, o presidente do Uruguai, José
Mujica, comparou a situação do mercado ilegal de cannabis com a prática
de abortos clandestinos. O Parlamento uruguaio descriminalizou a
interrupção da gravidez até a 12ª semana de gestação, por meio do
cumprimento de procedimentos regulados pelo Estado.
Para
o presidente Uruguaio, a hipótese de regular o mercado de maconha é
uma tentativa para arrebatar os narcotraficantes e tratar os
consumidores problemáticos. “Se permanecem clandestinos ou escondidos
não se pode fazer nada por eles”, afirmou à imprensa.
A
legalização “tira o problema da sombra e nos permite tentar
influenciar” para que a mulher “volte atrás em sua decisão”, argumentou
Mujica. “A ideia primária é tratar de ajudá-la e eventualmente
convencê-la a evitar o aborto, porque muitas vezes há um problema de
falta de meios, solidão, falta de informação ou prejuízos familiares”
acrescentou o mandatário, que considera que a legalização do aborto
permite salvar vidas.
Mujica
considera que o narcotráfico é “mais problemático” que o consumo dessa e
de outras drogas, porque “tende a multiplicar” o grau de violência na
sociedade, “uma enfermidade que corrói por baixo” na definição de
Mujica. “Nunca fumei maconha porque sou de outra época e não defendo
nenhuma adicção”, afirmou.
Com informações da EBC
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