Mais Médicos conta com inscrição de 46% dos municípios
BRASÍLIA — Até as 11h desta quarta-feira, 2.552 dos 5.564 municípios brasileiros (45,87% do total) aderiram ao programa Mais Médicos. Dentre os 1.290 municípios com alta vulnerabilidade social, considerados prioritários pelo governo, 887 — cerca de dois terços — se inscreveram. O prazo para as inscrições se encerra na quinta-feira.
Por região, a maioria está no Nordeste: 867, ou 34% de todos os municípios que se inscreveram. Em seguida vêm o Sudeste, com 652 municípios, Sul, com 620, Norte, com 207, e Centro-Oeste, com 206.
Qualquer município com uma unidade de saúde nos bairros mais pobres pode se inscrever no programa, mas há 1.557 cidades prioritárias para o preenchimento das vagas. Além dos 1.290 municípios de maior vulnerabilidade social, estão incluídos na lista outros 267, em geral capitais, municípios das regiões metropolitanas ou cidades-dormitório. Também são prioridade os 25 distritos sanitários especiais indígenas.
No Rio de Janeiro, 34 dos 92 municípios se inscreveram. Há no estado oito cidades na lista das prioritárias: Duque de Caxias, Guapimirim, Japeri, Magé, Paracambi, Queimados, Seropédica e Rio de Janeiro. Apenas o município de Magé ainda não se inscreveu.
No balanço anterior, com as inscrições feitas até a última segunda-feira, 1.874 das 5.564 cidades brasileiras já tinham feito sua inscrição no Mais Médicos. Questionado sobre o balanço das inscrições feitas até segunda-feira — quando um terço dos municípios haviam aderido ao programa faltando três dias para o encerramento do prazo — o secretário de Saúde de Maringá (PR) e presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Antonio Carlos Nardi, disseram que ainda havia tempo para mais municípios se inscreverem.
— Essa informação está chegando a todos os municípios para que possam estar aderindo — afirmou Nardi, acrescentando:
— Os municípios foram quem trouxe essa demanda ao governo federal. A Frente Nacional de Prefeitos entregou e capitaneou o movimento "Cadê o médico" desde o mês de janeiro deste ano, trabalhando, dando resposta à maior demanda das eleições municipais do ano passado. que eram a melhoria das condições de saúde e a falta de médicos para trabalhar no Sistema Único (de Saúde).
O Mais Médicos foi lançado no dia 8 de julho pela presidente Dilma Rousseff. O programa tem por objetivo ampliar o número de médicos no país e levá-los a regiões onde há carência desse tipo de profissional. Mas enfrenta forte resistência das entidades médicas. Os pontos mais polêmicos são a possibilidade de trazer médicos formados no exterior sem passar pela revalidação do diploma; e a obrigatoriedade de os estudantes de medicina que começarem o curso a partir de 2015 terem de trabalhar por dois anos no Sistema Único de Saúde (SUS) para obter o diploma.
Com o programa, as bolsas dos médicos serão pagas pelo Ministério da Saúde. Por outro lado, também serão exigidas contrapartidas dos municípios. Eles serão responsáveis por oferecer moradia e alimentação aos médicos. As prefeituras também terão de acessar recursos do ministério para a construção, reforma e ampliação das unidades básicas de saúde.
As inscrições para os médicos também vão até quinta. O último balanço feito pelo Ministério da Saúde mostra que, até a quinta-feira da semana passada, havia 13.857 médicos inscritos, dos quais 11.147 se formaram no Brasil e 2.710 no exterior. Por nacionalidade, são 12.701 brasileiros e 1.156, estrangeiros.
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